Click no catalogo para amplia-lo e ver o port-folio da exposição throw-up na galeria Fita tape. que aconteceu em Março de 2012 na cidade de Porto Alegre RS. Com texto de Valdecimples e Lucas Ribeiro, curadoria Lucas Ribeiro.





Existe uma exaltação à arrogância incrustada na cultura do graffit. Uma revolta desenfreada causada pela corrupção silenciosa dos nossos governantes, a igualdade é uma utopia que se sonha em um cotidiano cruel. Alguns pichadores ou graffit whinter se armam de tinta e de atitudes ás vezes infantis, toscas, e ridículas. Como usar redes sociais como exaltação de seus atos. Os pichadores são Punks do nosso ano de 2013, só que falta a revolta com propósito e consciência punk. Se utilizam da estéti-ca da pichação como desculpa para sair na noite e fazer garatujas nada originais. O graffit está defasado. e só depende dos próprios malfeitores em querer uma auto evolução. ou vai ficar se repetindo as mesmas letras de vomito e de pichações durante anos. Acho que a propagação de uma grife para se auto promover é o mesmo princípio das multinacionais e marcas de publicidade de todo gênero. Os caras que fazem um estilo mais livre são os mais consideráveis na amplitude da arte, por que não se repete e nem se propaga uma estética, a forma é livre e o que se fica mais visível é o estilo. Ao mesmo tempo nada tem sentido é tudo auto propagação tudo egoísmo e brigas por território e estética de gangs e arrogância vestida de visual que impõe no olhar do rico do pobre do deficiente e da alma penada que vaga e se perde no caos.



boqueirão


Boqueirão













Certo tempo atrás, estava na casa do meu amigo e ele me mostrará um livro de um “Whinter” Chamado: Bates e nesse livro só com imagens de wild’s style’s, e desenhos feito à mão puras ilustrações na qual praticava antes de executar no muro, na página da frente do seu caderno um graffiti em um lugar esótico ao extremo em lugar cabuloso e na folha da frente reflete seu desenho, ilustrações muitas das vezes pintadas com canetinha, lapís de cor, nessa época constumavamos mostrar o caderno um paro outro a fim de saber sobre nossa produção individual, saber à crítica do amigo que produz graffiti em um estilo que se confunde com o meu.






   
    Depois de algum tempo sem postar coisas, eis que renovo e realizo meu débito pagando meu domínio anual. Agora posso divagar à vontade... sobre minha produção cotidiana. continuo pintando com “guaches baratos” de marcas diferenciadas para alcançar devido à composição e relação de cores e de marcas, diferenciar das mesmas no mesmo plano formando uma relação visual. Incrível a textura que se consegue adquirir com marcas diferenciadas, algumas parecem virar papel, outras parecem não se misturar nem com o meio flui dor (água). Adoro guaches vagabundos, chego a essa afirmação, tanto pela facilidade que se faz uma pintura a guache como é super saudável sujar as mãos e não se preocupar se é tóxico ou não. se tratando de papel pode ser um excelente estudo para uma produção pictórica. Agora se não liga para super produções eis o resultado satisfatório.
    Não quero falar nada. acontece que eu sei me expressar, por mais que eu fosse mudo, ou surdo, ainda teria a escrita. É difícil começar algo do nada.aleatoriamente, simplesmente deixando fluir qualquer palavra, pode ser que na maioria das vezes estamos nesse estágio em profunda inércia onde fazemos as coisas da vida automaticamente. Estou farto de mim mesmo, cheio de saúde, cheio de amigos, trabalho honestamente e estou sozinho, quase consigo acreditar que no decorrer ao resto da vida será assim. uma sede totalmente insaciável de querer e ser o que você puder ser da melhor forma. indo sem destino para o infinito, onde que por mais que tenha certeza onde está, ainda estará fadado a coisas terrestres e rasteiras como simplesmente um animal o é sobre a a terra, um mamífero, um quadrúpede pode ser melhor do que a gente pelo menos ele não agride ninguém, mas se o fizer faz parte da sua natureza, há... mas, a violência nos cerca e corrompe nossos corações e insistimos em dissipa-la como se não fizesse parte do nosso ser. HÁ... MEU EU interior esta aqui junto. daqui a pouco passeia, daqui a pouco...aparece outrora se esconde e choramos, e novamente damos rizada. estou farto de mim mesmo, estou farto das pessoas, estou farto da cidade, o que mais pode acontecer ao mundo se não acabar?






          Sexta-feira 08/04/2011, vontade de sair e interagir com as pessoas na cidade, mas ,sei o quanto é difícil o dinheiro do dia à dia.preciso gostar de exercitar as mãos e fazer o que escolhi fazer, quando resolvi me formar em uma instituição de ensino superior. a pintura por ser bonita, pode iludir e seduzir quem a observa, somente uma olhar mais aguçado pode ver quem não enxerga, a pintura foi tão desvendada e como pedra principal da história da arte e da humanidade é difícil ver algo entre quatro paredes ou na cidade que seja original.os naifes conseguem ser originais pelo fato de serem livres para produzir com encantamento espontâneo e paixão pela arte manual do ser humano em produzir coisas, e como a informação não os consomem de influências, conseguem se guiar pela orientação instintiva e natural . antítese do artista que sai da belas artes e pensa saber tudo, mas quando chega na hora da produção se encontra com a tela ou suporte em branco qualquer e se perde mediante tanta informação que incrustada em seu cérebro desiste sendo difícil persistir, praticamente quase impossível levar a frente uma linha de pesquisa. As vezes o melhor é se fechar e olhar pra si. e abraçar a produção sem se envolver com seus próprios olhos que olham e acolhem estéticas diversas que depois de impregnadas na mente, conseguem repeti-las em seus próprios trabalhos. Dos artistas que conheço, sempre vejo as influências, e o qual é bom conhecer as influências dos artistas que desconhecemos, assim, percebemos a transformação constante que flui junto a produção do mundo da criação. e afinal de contas original mesmo, se você acha que existe algo, você pode ser um romântico.

             Você ainda consegue se divertir sozinho?pode tentar ser livre fazendo uma pinturinha como a liberdade de uma criança, faça as cores até elas saciarem sua retina, camada sobrepondo a outra cautelosamente, até entrar em uma meditação constante, até que a imagem depois da veladura finalista te mostre o que está em seu subconsciente.depois pode tirar conclusões sobre sua própria pessoa.Pra você que tem medo de ficar sozinho, você tem sua mão. ela é muito mais perspicaz do que você imagina.Existem pessoas em situação pior, gente que não sabe nada e que não almeja nada sem perspectiva e sem ambição.
Olhe pra dentro, rs...como se fosse facil,mas ligue o rádio escute o som de alguém em outra dimensão tocando um belo piano,deixe a fluidez do som acarinhar seu cerne, se entregue, chore, sorria, goze você está vivo!Isso que escrevo não é nada! E só alguem que por algum modivo que nem eu mesmo sei, tenho um computador e gosto de usa-lo de alguma forma, como agente criador de algo, desenhando, escrevendo, para aliviar uma certa dor.que dor é essa porra?as vezes não tem nenhuma dor, pode ser só um vicio depois de anos fazendo algo.Mas você pode começar a fazer algo que se lembre de como você está nesse momento, como regístro de sua autoestima deturpada, para se autoavaliar e tentar ser mais presente em um futuro.


    Noite essa chuvosa que pesa o coração,  embora seja uma dor  normal  humanos sentirem  no coração.Luxuosa dor essa que sinto, penso que pode ser dor muscular, mas meu sedentarismo me faz estar certo que essa dor é um luxo. Luxuoso pressentimento fugaz que faz tudo pesar como bigorna, minha fraqueza está em pensamentos ordinários.Noite chuvosa solitária de inquietudes comportadas. já não sou mais moleque, não posso sair de casa e simplesmente não voltar no dia seguinte sem dar satisfação ao meu corpo, não posso mais me desrespeitar.o único jeito de fugir é estar aqui entre quatro paredes e entrar na folha de papel como se olha por uma janela.aqui!o lugar mais seguro do mundo.aqui o lugar onde me torno privilegiado de ser quem eu sou.minha saúde de ferro me torna capaz de fazer o que eu quero.nada me impede, a não ser minha jactância, na qual tenho lutado dia após dia, sangrando olhares algures nas ruas e nos ambientes de amigos.digo à mim mesmo!-Estou bem! Estou Bem!Meu corpo cansado pede descanso, minha vontade de fazer algo faz minha mão ser como fogo.Adoro o fogo.Adoro o sol.Ele me rege.Isso é místico.quero acreditar em algo.Quero acreditar em mim.Quero acreditar nas pessoas.quero um mundo melhor!Menas cobras!
Como se pede pra Deus? Para ser forte? Alguém me diga.a de ser forte com dor, sofrendo e se humilhando, ser pequeno para ser grande?como se pede pra Deus? Se pede com os actos? se pede caminhando? se pede chorando? como faço um acordo com o criador? Se é o que cria dor, pode tira-la também. Nê? Mas a dor é boa ,ela é Deus apontando seu ponto fraco para que se cure. que se auto cure de si mesmo? como se encontra com Deus?Morrendo?ou vivendo?Mas se ao final da vida se morre, aí encontraremos Deus?Pra que encontra-lo?Para ser forte?Pra que ser forte,pra si? para os outros? ou por alguém?Alguém me de um gole de compreenção.se Deus te oferecer o gole de atitude e o Diabo o elichir, você fica com qual?


        Estavamos aqui em casa elaborando um projeto eu o Marciel Conrrado e Neiton Nunes Tri, conversando, desenhando, tomando cerveja, me veio esses desenhos. gostei de ter elaborado, mas não trouxe satisfação no resultado, mais um "filhinho", não quero esquece-lo de baixo da mesa.

   Cedinho postando esse... Não quero pensar que as pessoas são aproveitadoras dos problemas das pessoas, como amigos, familiares, inimigos, aplicando sobre a superfície da expressão artística individual, trazendo à tona vivências quotidianoscoletivas para o próprio trabalho. isso é algo mais antigo quanto imaginamos ser. Os livros estão aí.a vida indelevelmente está inserida plena e indivisível no trabalho de arte. seja qual técnica esteja utilizando o artista para fomentar sua obra. Olhando por outro vi és, os trabalhos de arte parecem uma espécie de solução, em primeiro lugar proposta pelo autor da obra, seja ela qual for. Por mais que singelo seja um desenho. Pode-se mostrar uma infantilidade coesa como em nenhuma outra forma de expressão. Prefiro pensar que eu sou o único digno de expressar coisas sobre minha vida e minhas dificuldades sociais e espirituais e transposição de sentimentos para o trabalho. mas estou errado. sei que sou vitima do mundo, da sociedade, dos meus amigos e artistas no qual entrelaçado eu em um sistema fechado e quase em curto de nichos ingénuos. mas que se esforçam para algo maior em suas vidas. Arte é vida? Vida é arte? Está desabafando utilizando sua expressão? Ou está apontando uma falha negativa ingênua da pessoa conhecida, ou quer expressar seus sentimentos sobre a catástrofe no Japão? O mundo está aí. A arte também, a necessidade é naturalmente perfeita. Você está sendo sincero com seu próprio trabalho e com você mesmo? Ou a estética tomou conta do seu egoísmo? Por que não desiste? Pra ver se é forte o bastante! O retorno é nobre.

     Seguir uma tênue conversa de desenhos calmos e transcritos pode ser uma tarefa difícil para um desenhista preguiçoso. Depois de dar murros na parede sinto o primeiro arrependimento quando minha mão dói ao desenhar, sinto que vai passar a dor, sarar, está em uma inflamação interna nos ossos, às vezes sinto meu sistema imunológico não tratar bem uma contusão, melhoras pra mim.
      
   Que fique bem claro!Não sou quadrinista, apenas desenho alguma coisa insegura que provem do âmbito da rua, meus personagens são às vezes aberrações, mas com intuito de originar algo novo na expressão extrema das ruas, mas em casa no papel é diferente. Pode-se desenhar tranqüilo com lapisinho como um desenhista cult faz seus desenhos de merda. E às vezes o estraga com filtros idiotas de programas de computador. Lembro de um role de graffit com um amigo: Ele fazendo sempre personagens de toda forma fazendo tag com rolinho, as vezes soando o nariz com ranho, as vezes passarinho, mas tudo tão natural tão automático, e o mais puro possível é que ele inventava na hora, fluía gostoso o desenhar na parede e grafismo maravilhoso desse cara.Mas quando se desenha bastante a ponto de saber qualquer posição de personagens a coisa acontece diferente por que como se fosse uma escrita o desenho sobressai como uma nova linguagem.  Agora, esse HQ é um desabafo pessoal. Mas ainda não terminei de desabafar.

      


   Depois de algum tempo de amargura, sozinho, abraçando e me consumindo em pensamentos extremos, eis que consigo fazer um desenho. Desenho com lápis e depois com contorno à nanquim, como de costume sempre fiz assim, mas ultimamente andei desenhado em circulo de amigos, com um desenho mais automático sem esboços e pensando que a linha pode ser livre e bonita sem uma preliminar com a ponta do lapís riscando o papel. Depende do desafio lançado à si mesmo sobre o que se espera do desenho, meu desenho flui as vezes direto com naquim, as vezes assim ele aconteça com menos peso sobre o desenhista dependendo do seu grau de animação e sentimentos ordinários.